Desplugado

Cada vez mais me flagro on-line.

Cada vez menos fico com os filhos e a mulher, em casa. Quando estou em casa, me conecto e por isso, saio. Fico apenas de "corpo presente". Modo piloto-automático, como no filme Click (aliás, esperava mais do filme).

Acho que estou me viciando nesta tal de Internet. Preciso ficar mais tempo desplugado.

Vou cortar a assinatura do provedor. Ou passar umas férias num sítio, a quilômetros de distância de uma torre de celular. Daí me recupero e descubro, como o Dráusio Varela disse ontem no Jo Soares, que email escraviza !!!

A volta pra casa

Viagens a trabalho são boas do ponto de vista profissional.

Do ponto de vista pessoal são um lixo. Fiquei 3 semanas longe da familia, dos amigos. Isto significa longe de compromissos importantes como acompanhar o desempenho dos filhos na escola e pagamento de contas (a Internet ajuda, mas ainda não resolve 100% dos casos).

Acaba sendo cansativo demais porque acabo fazendo 2 turnos. Acordo cedo pra fazer o Turno normal de trabalho e fico acordado até tarde pra compensar o fato de não estar no escritório.

O valor de uma videoconferência está cada vez mais comprovado. Embora a cultura geral favoreça o olho-no-olho, videoconferências estão sendo empregadas em situações rotineiras e não mais um "caso" ou um "evento" como no principio. Evita ter que ficar fora de casa.

Pirataria é o assunto do momento

A lista que discute os Jogos de Tabuleiro estava numa discussão acirrada sobre pirataria dos jogos. As notícias da RIAA processando velhinhas e crianças continuam a chegar. Software pirata sendo caçado pelas empresas. Discussões sobre CD's e DVD's piratas. Até máquina caça-niquel é pirata hoje em dia !

E daí me aconteceu um fato que me divertiu muito na hora, mas me provocou as idéias. Estava eu no posto da Polícia Federal no aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos. A mesma fila de costume pra registrar os mais diversos aparelhos eletrônicos. De notebook, cameras fotográficas e filmadoras até as coisas mais estapafúrdias. Um cara queria registrar a saída de um pedal de carro. Destes modernosos e estilosos. Outro cara queria registrar uma espécie de lixadeira para tirar calos, que estava em garantia e que ele ia até a Gringolandia pra trocar.

O que mais divertia a todos ali era o funcionário. O cara é perito da Polícia Federal. Fica atrás do balcão munido de listas e listas da Internet com preços, marcas, modelos e fotos dos bagulhos que nós compramos no exterior. E o cara dizia a um dono de Notebook: "Meu, este modelo já era! Aproveita a viagem e compra outro. Olha aqui este modelo novo. Tá custando US$ 499,00 na loja". "O que ? Máquina digital de 3.2 já teve seu tempo de glória. Compra uma de 7.2 que tá só US$ 179,99 na Sears".

E finalizou: "O empresário brasileiro põe a culpa nos impostos. Mas é a ganância deles que prejudica o país. Eles sonegam imposto e vem dizer que imposto é caro ? Se parassem de sonegar, dava pra dividir a carga tributária em mais partes, com cada um pagando menos". E isto me deixou a viagem toda pensativo...