Muitos falam da multimídia no iPad. Mas ele faz mais do que isso.
Muito mais do que isso. Ele é capaz de executar aplicativos complexos como planilhas de texto, apresentações e também processadores de texto. Basta instalar os aplicativos da própria Apple no bichinho.
Com os acessórios corretos o iPad pode substituir seu computador de mesa, seu laptop e seu netbook com vantagens. Considere uma reunião onde todos carreguem seus iPads. Arquivos poderiam ser visualizados num projetor e compartilhados via Internet fácil.
Pensando bem, não tinha mesmo como ir pra frente um recurso poderoso que poderia vir a competir com a iTunes.
A Apple não podia permitir o risco de perder muitos e muitos dólinhas via um aplicativo Flash que em tese, pode baixar as mesmas músicas comercializadas no iTunes, de graça ou mais baratas. Estações de rádio, vídeos do Youtube, muitos e muitos conteúdos pagos poderiam ser disponibilizados via Flash no iPhone e agora no iPad, quebrando o modelo de negócio bem sucedido da Apple.
Impensável mesmo.
Enquanto os dois gigantes lutam, todos nós perdemos.
Não porque eu morra de amores pelo Flash, que acredito ser uma plataforma sem muita "classe" (piada Nerd infame) e muito pesada. Perdemos porque muitos sites optaram por Flash e agora estes sites não abrem direito no iPad e no iPhone, que se tornaram um padrão "de facto" da indústria, claro, falando do iPhone. Mas ao que parece o iPad vai emplacar, se os números da Apple forem corretos.
A Apple agora empurra o HTML5 (que eu já escrevi a respeito), junto com Google. Mas será que a solução encontrada pela Adobe é tão ruim assim, a ponto de o Steve Jobs dizer numa reunião interna que o Flash "causa travamentos no Mac OS". Ou será que o Mac OS é tão proprietário a ponto de ser incompatível com outros padrões proprietários ???
E segue a briga ...
Passaram-se 15 anos desde que Marc Andreessen perdeu sua guerra contra a Microsoft.
A Internet era então quase desconhecida e o Netscape Navigator, criado por Andreessen era O browser. Através do Netscape, milhões de pessoas começaram a ouvir falar de Internet, Web, email e outras coisas que hoje temos só foi possível pelo Pioneirismo dele.
A Microsoft, que entrou atrasada na Internet, recuperou terreno e a Netscape deixou de existir. Em 2004, o mesmo Andreessen à frente da fundação Mozilla lançou o Firefox, que hoje tem 23% dos browsers, derrubando a Microsoft da casa dos 90% para meros 68%.
Andreessen está agora levantando fundos para uma outra empresa, a Rockmelt.
Eles prometem revolucionar o mercado lançando um browser voltado para rodar aplicações on-line, esquentando a briga. Agora temos gigantes se digladiando por um novo mercado, ainda não completamente conhecido, que deverá ser o futuro do que fazemos hoje. O computador isolado está morto. Tudo o que faremos agora será na Web. Por isso, o browser se tornou tão importante.
Google, Microsoft, Apple. E correndo por fora a Mozilla, e agora RockMelt. Vejamos o que resultará desta nova guerra de browsers.
