quinta-feira, 30 de julho de 2009

Wolfram-Alpha e a propriedade intelectual na Internet

Ventos novos passaram a soprar depois do site Wolfram Alpha. Um mecanismo de busca diferente, com sistemática própria. Diferente de Bing, Google e Yahoo!.

Agora, não é o modelo de dados usado que mais me impressiona. E sim, o conceito todo da coisa. O Wolfram-Alpha alega que "cria" dados novos à medida que você pede por eles. Por isso, copiar e colar é negado no site.

Um exemplo de comparação: no Wolfram-alpha, ao entrar com "San Francisco New York elevation", você recebe um comparativo dizendo que a cidade de san Francisco é 60% mais alta que a cidade de Nova York. Esta mesma frase no Google resulta em toneladas de páginas contendo anúncios de passagens aéreas, restaurantes em Nova York e um comentário sobre um Estúdio de Pilates em San Francisco.

Trocando em miúdos, a alegação é que cada resultado do Wolfram-alpha tem Copyright, como se fosse um artigo de revista ou pesquisa científica e qualquer uso sem mencionar isso viola os direitos de licença de uso do site.

A pergunta é: poderia ser o resultado produzido por um software, sujeito à direito autoral? Seria o software um ser que "criou" algo único? Uma produção gerada por computador, genuína e autêntica, poderia ser digna de um prêmio Pulitzer de literatura ? O computador vai ficar Senciente e criar a Matrix ?

sexta-feira, 17 de julho de 2009

O mundo ficando mais bizarro

Hoje eu descobri que o mundo está ficando mais bizarro. Ou eu estou ficando mais velho.

Meu sonho de consumo é ter um Kindle. Já falei sobre ele. O dispositivo da Amazon para ler e guardar todos os seus livros, jornais e revistas, além de trazer blogs e demais conteúdos gratuitos.

Pois bem. Hoje a Amazon apagou de todos os Kindle um livro que os clientes compraram e pagaram. Até concedeu um crédito, mas ainda assim foi bizarro. Um livro quando compramos, seja ele eletronico ou não, é seu. Pra sempre. Embora um ebook não possa ser doado ou emprestado. Imagina a Livraria Cultura indo na sua casa à noite e pegando de volta um livro que você comprou, deixando um cheque embaixo da porta. Coisa de maluco.

Acho que nem quero mais o treco. Desmotivou.

Ah ! O Livro - "1984", de George Orwell - sim, aquele que criou o termo "Big Brother". Mais bizarro ainda !

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Chrome OS in Latin America

Did Google ever considered other countries when announcing Chrome OS ???

I question that because the so called BRIC are much more relevant nowadays, after this economic crisis. The world after Q4 2008 is very different than it used to be. Brazil, for example, used to borrow money from the World Bank and now we are lending money.

When you think about countries that are, lets say "delayed" in some areas, that becomes an advantage when you decide to adopt a technology. Internet started 2 years later in Brazil, but we are the country that spends more time connected. Maybe because our bandwidth ;-P, but that's not exactly the point.

Google should be considering the amount of money someone must spend to buy a Netbook and how many old 486, 100 MHZ Pentiums, Pentium-II and that kind of old stuff exists in countries like Brazil, India and China. Poor people use to have old stuff at home and this old stuff could run Chrome OS. Imagine that: billions of people could use old PC's with Chrome OS and that would be a turn in the paradigm that says "buy new stuff".

Also, there's the recycling process of old stuff. Maybe we could use LCD's instead of power hungry CRT's and be more Green. I think someone must consider that. Have less electronic garbage is always a good idea.

If Chrome OS is a light weight piece of software, maybe could be a good idea to have it ported to lets say Pentium4's. A netbook may be cheap in US but I'm sure in Latin America it's not. I still see some Pentium3's in some companies and several homes around here. Maybe is a good point. If all you need is not locally, so the only thing to have is the Chrome OS and 3G, for example, or wi-fi. Both can be obtained using a USB token. Cheap option for poor countries.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Google Chrome OS X Microsoft Office na Nuvem

Os Titãs estão se digladiando. Google e Microsoft estão se movendo um no espaço do outro.

Enquanto a Micro$oft é líder no PC, o Google é lider na Web. Pois agora ambos decidiram que querem dominar o mundo e que não há espaço para 2 Mega-Titãs. E só restará um no final. Estou inaugurando aqui a bolsa de apostas: Micro$oft ou Google.

A Microsoft estará colocando na próxima segunda-feira, o Office na Nuvem, ou seja, através do Navegador da sua máquina, será possível editar documentos do Office. E o Google está criando o sistema operacional Chrome OS para que você não precise do Windows na sua máquina.

Eu particularmente, torço pelo Google - apesar de achar meio desconfortável deixar todos os seus dados na mão de um único provedor. Talvez eu faça backup localmente, num flashdrive...

domingo, 5 de julho de 2009

25 anos de "Neuromancer"

Quando li o livro pela primeira vez, em 1987, como parte do curso de Inglês que eu fazia naquela época, eu não entendi o livro, nem o que ele significaria.

Mas agora que o romance completa 25 anos, eu PRECISO ler novamente o livro que popularizou o termo "Cyberspace". Aliás, ultimamente só tenho escrito sobre as velharias. Deve ser a crise dos 40 (faltam menos de 20 dias).

A principal tecnologia descrita no livro de William Gibson é o que hoje chamamos de Internet, já que na época ninguém imaginava o alcance que isso teria. Hoje a principal fonte de entretenimento minha tem sido ela, bem como de aprendizado.

Leio notícias, quadrinhos, livros, faço compras, trabalho através dela e com ela, carrego-a comigo (via Blackberry) e estudo nela. Eu diria que uns 40% do meu tempo é gasto "plugado" nessa Matrix.

Gibson a descreveu praticamente como uma "alucinação coletiva", um lugar onde crianças aprendem matemática (prefeitura de Piraí comprou 5500 netbooks, ou "decks" para os alunos das escolas públicas), "operadores" nas empresas realizam negócios (o pregão da BM&F passou a ser eltrônico esta semana, o conceito de Internet banking no Brasil é muito avançado, mais até do que lá fora).

Essa "alucinação consensual" cria forma quando pensamos em "Second Life", em redes sociais, em jogos on-line. Todos a apenas alguns "clicks" de distância. E vamos agora rumo às Interfaces Neurais. O passo definitivo para vivermos no Cyberespaço de Gibson. Espero poder postar aqui nos meus 50 anos de vida usando uma interface destas.