segunda-feira, 9 de agosto de 2004

Dia dos Pais

Este dia dos pais foi interessante.

Ganhei um jogo de tabuleiro de presente dos meus filhos. Interessante como minha mulher apoia e até gosta dos meus hobbies. Isso não pode ser sorte. Ou acaso.

A família (pequena) se reuniu no meu apartamento. Almoçamos juntos, ouvindo um CD que uma amiga gravou. Vinho. Sobremesa comprada na padaria. Simples. Mas para mim foi um conforto a mais, ter todos ali juntos.

Meu pai está mais velho que ano passado. Foi isto que me motivou a escrever este post, afinal. Está com as pernas bambas. Uma espécie de labirintite afeta seu equilíbrio. Eu estou chamando o meu velho de Robocop. Para ser compatível com a idade dele, tem que ser Ciborgue, o homem de 6 milhões de dólares. Parafuso para segurar o pé no lugar, válvula de plástico no coração, falta uma articulação na coluna e tem uma calcificação no ombro direito. Tá bem "remendado".

Mas me sinto mais próximo dele. Como ele, tenho 2 filhos. Um casal. Tenho um relacionamento estável, como o dele. Casa própria e carro também são pontos em comum. E a visão de mundo e os valores. Infelizmente (ou não, depende de cada um) fomos ensinados que só se ganha dinheiro trabalhando. E Trabalhamos. Uma vida toda. No caso dele, chão de fábrica. Mas ele me possibilitou um emprego no escritório.

E também a minha irmã foi beneficiada pelo esforço dele. Com certeza, ele é um homem realizado, com a sensação do dever cumprido. Mas ainda assim, nunca se nega a ajudar. Nem a mim, nem a minha irmã, caso ela peça. Sempre disposto a cuidar dos meus filhos, emprestar o carro, buscar as crianças na escola. Sempre ao meu lado me apoiando.

É bom saber que ele está lá. Apenas esperando que eu precise dele. De novo. E para meus filhos, acho ótimo que o tenham como referência. Meus filhos já são a excessão da regra. Não tem pais separados e nem avôs distantes. Meu velho está lá. "Sempre Alerta".

Basta pensar nele, e sei o que devo fazer quando tenho problemas. Foram valores transmitidos e arraigados em mim. Gosto desses valores. Encaixam no meu "Eu".

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