o Peso da Alma

No último post falei sobre a ciência noética que aparece no livro The Lost Symbol (O Símbolo Perdido) do Dan Brown. Essa ciência seria o link entre o místico e o real, entre a religião e a ciência.

Um dos exemplos de uma experiência relatada no livro é de um paciente que se voluntaria a deitar numa espécie de "balança fechada à vácuo". Este professor universitário, em fase terminal de uma doença grave, aceita ser cobaia do experimento, entra na câmara, que é totalmente isolada do mundo externo e que ao mesmo tempo registra o peso na casa dos muitos décimos de grama. No momento que ele morre, o peso registrado diminui. Como a tal máquina é selada, não pode ser o ar que saiu dos pulmões dele, porque este ar ainda estaria dentro da máquina. Essa perda de peso seria a comprovação que a alma existe.

Eu não sei se a alma tem peso, mas eu sinto um peso enorme hoje, além do meu próprio.

Melancolia

Devo dominar minha mente. Não deixar que ela me domine.

Fadiga. Tristeza. Desanimo. Tudo isso passa na minha mente neste exato instante. Minha força me abandona. Meu desejo me deixa. Fico só. Completamente só.

Trincheiras Corporativas

A TV olha pra mim com desprezo. Um morto-vivo sentado olhando pra ela de volta. Um suspiro sai pela noite la fora. Hora de comecar a beber e esquecer que o massacre foi grande. Perdemos um homem na batalha corporativa hoje. Um jovem recruta que se moveu descuidadamente foi atingido por fogo cruzado no departamento financeiro. Nos deixou tao rapido quanto entrou nas fileiras.

Agora me resta encontrar novo recruta. Espero que seja mais centrado.

2010 começou ou tá todo mundo esperando o Carnaval ??

 Tá tudo meio morno não ???

O trânsito continua o de sempre, eu acho. Mas de resto, tá tudo meio devagar.

Pensando sobre a vida

Quando vc chega na marca dos 40 anos de idade dá uma pirada na batata ??? Ou é só impressão minha ???

Eu ando meio suscetível a uns pensamentos estranhos. Talvez eu faça como o Romeno que fez a própria sepultura e deixe todos meio tranquilos quanto meu "momento derradeiro". Talvez não. Mas o fato é que estou "impressionável" sobre estas questões de vida e morte.

Não sei porque. Vivo um momento feliz na vida, próximo de realizar mais uma grande vontade. No trabalho e na vida profissional vai tudo ótimo. Minha filha é uma jóia. Meu filho me enche de orgulho, superando dificuldades. Estranho estas coisas estarem me incomodando. Por isso que dizem que nosso inconsciente é mais forte que nossa razão.

Vida engraçada

A 15 ou 16 anos atrás um fim de semana como este era muito desejado. Solidão total, pouco ou nenhum contato humano.

Ontem a única frase do dia dita por mim a uma pessoa foi "Bom dia. 3 pãezinhos, por favor". O resto do dia passei só. Fiquei entre a TV, uma caminhada curta interrompida pela chuva e uma volta na Scooter porque ela está muito tempo parada na garagem.

Eu vou acabar ficando deprimido demais. Justamente agora que eu tinha esquecido o que era depressão, pelo menos nestes 6 meses de emprego novo. A coisa volta com força total. A tristeza profunda, a vontade de não fazer nada. Ficar deitado na cama chorando à toa e nada mais. Uma reação rápida se faz necessária. Aparentemente meus filhos ainda precisam de mim e não posso me entregar assim, sem uma luta pelo menos.

nada a ver

Escrever por escrever. Registrar os pensamentos numa folha de papel (tá, é um blog na Internet, eu sei). Escrever sem pensar (muito) no que estou escrevendo.

Será iso um exercício ? Será um "repente" ? Será porra nenhuma ???

Eu acho que senti vontade de postar alguma coisa. Pelo simples prazer de fazer isso. Ou seria tédio ? Dia do rodízio... já li os emails, fiz o que tinha de ser feito. Agora é só esperar os outros chegarem para a reunião. Já repassei o "discurso". Powerpoint no ponto. Café.

Mais espera. Deve ser tédio mesmo. Pura falta do que fazer. Vou revisar meu plano estratégico que eu ganho mais.

Cade a depressão ?

Nada como emprego novo pra injetar ânimo. Faz um mês hoje que nem lembro o que é me sentir triste, desanimado.

Em primeiro lugar, a excitação pela novidade. Novo emprego, nova empresa, novos desafios. Depois o trabalho. Sempre me entreguei ao trabalho com paixão e sempre fui apaixonado pelo trabalho. Daí vem coisa nova, onde tenho que aprender muito, usar muito do que já tinha aprendido, estar sempre à frente e num terreno totalmente inexplorado, sem mapa, bússola ou GPS.

Eu nem lembrava da depressão, até que me flagrei irritado com o trânsito da sexta-feira e bateu uma sensação velha conhecida. Olhei pra frente, respirei fundo e segurei a onda lá em cima. Ainda mais hoje que é sexta-feira. Yyeess!

Férias é bom e eu gosto

Mas pena que duram pouco. Desfrutando raro momento na civilização, passeando na cidadezinha do interior do país, acesso precário à Internet, enfrentando uma realidade muito diferente do que estou acostumado na Megalópole.

Amanhã voltamos ao contato íntimo com a natureza, o fogão de lenha, comida orgânica, cultivada em horta ecologicamente correta. Pena que muitos não valorizam a simplicidade desta vidinha, onde o ruído mais alto vem de uma vaca num curral próximo.

Excelente oportunidade para "recarregar as baterias" para voltar com tudo ao trabalho e ainda, de quebra, esquecer que existe depressão.

A vida com depressão (parte 3)

As inconstâncias de humor marcam o quadro geral. Fim de semana jóia, recheado com eventos familiares bacaninhas, revendo primos e primas que há muito tempo não via. Além de filar uma bóia excelente no sábado. Humor lá em cima.

Filha sob suspeita de estar sofrendo humilhação na escola. Me sinto péssimo desde ontem à noite. Mas muito mais do que seria considerado "normal". Fiquei arrasado, com um puta sentimento de culpa. Levei 15 minutos pra sair da cama de manhã. Uma lástima.

Mas como decidi brigar sem ajuda de ninguém, vamos em frente. Consegui escrever este post e falar bom dia pro porteiro. O resto tá difícil.

Vida em depressão (parte 2)

Hoje foi difícil largar a cama. Me aprontar pra sair e realmente sair levou mais de uma hora. Muito mais do que meus habituais 20 minutos.

Depois do almoço melhorou muito. Será que depende do que eu como ??? Vamos ao Google ...

A vida com depressão

Hoje foi um teste bastante bom.

Fui à casa do meu pai. Casa esta em que ele viveu com minha mãe durante 30 anos, 16 dos quais eu também estava por lá. Foi triste, como sempre, mas não fiquei tão derrubado como costumava.

Isso foi bom. Acho que foi um bom teste. Serviu pra mostrar a mim mesmo que é possível viver com esta porcaria sem o uso de medicamentos. Basta um esforço adicional e uma atitude mental correta. Acho que não é fácil e talvez não seja indicado pra casos mais graves que o meu.

Todo dia de manhã continuo tendo que fazer um esforço pra sair da cama. Alguns dias menos esforço, outros dias mais esforço. Mas sempre dá aquela vontade de me deixar largado na cama o dia todo. Enfrentar o almoço no meu pai sem ter ficado completamente arrasado me deu forças.

Vamos ver agora o que vem pela frente.

Cérebro e Depressão

Eu sempre cultuei o cérebro. Pra mim, o músculo mais importante do corpo. Mais importante que o músculo cardíaco. Tive sempre uma paixão por conhecer pessoas com cérebros brilhantes, diferentes, pessoas que tem um olhar diferente sobre o mundo. Pessoas que sabem usar seu cérebro com muita habilidade e propriedade.

Lembrei de minha tia-avó, com Alzheimer. Ela foi perdendo a batalha pro cérebro dela. Ela tentava se lembrar das coisas, ser mais lúcida. Dizia sempre "Ai, que bom!" quando alguém se esquecia de algo, porque a fazia sentir-se melhor. No fim da vida só dizia pra mim "O Senhor veio me buscar ?", nem lembrava mais quem eu era.

Hoje eu travo uma batalha contra meu cérebro. Irônico. Muito irônico. Eu que sempre desprezei quem usa a cabeça só pra cultivar cabelo, eu que exercitei tanto meu cérebro. Agora tenho que ganhar dele. Vencer a depressão.

Sei que meus 2 leitores devem dizer "ah, toma remédio", ou ainda "vai ao médico". Mas na geração Internet, quem garante que médico não cola na faculdade ?? Eu fui. Na verdade 2 "terapeutas". Não sei dizer se são médicos, mas pessoas se trataram de depressão com esses caras. Os dois me diagnosticaram como "depressivo".

Justo eu que acho que depressão é coisa de "viado". Frescura. Bobagem. Coisa de gente fraca, coisa de pessoas que usam mal o cérebro que tem. Irônico. Daí vem minha decisão: vou lutar. Sem remédio, sem terapeuta. Só eu e o que restou do meu cérebro.